sábado, 30 de junho de 2018

Passar a fronteira como os contrabandistas

Artigo que publicado no Público em 2010 e considero interessante:

Passar a fronteira como os contrabandistas

Nasceram numa Europa sem fronteiras. Para os mais novos, não é fácil imaginá-las com guardas a revistarem os carros. A dificuldade é maior quando se fala em contrabando e caminhadas nocturnas com sacas de café às costas, testemunharam Bárbara Wong (texto) e António Carrapato (fotos)

O percurso é gratuito porque pode ser feito por conta própria, ou seja, no posto de turismo de Marvão a família pede um folheto onde o percurso vem identificado. Assim que chegar junto à igreja de Galegos, pode seguir as marcas que o identificam. Se quiser fazer com António Garraio, o melhor é juntar um grupo e pedir um orçamento.


Um dia não são dias e depois da energia despendida há que repor os açúcares, perdão, as energias, de preferência com a melhor qualidade. No Doces & Companhia, bem no centro de Castelo de Vide, é possível fazer um almoço completo com sopa e prato, para comer de garfo e faca, ou umas sandes gigantescas e saborosas de carne, frango, atum, etc. Mas ninguém pode sair sem provar os doces típicos da região, com origem nas melhores receitas conventuais, além do bolo de chocolate ou de nozes.

A subida faz-se quase a pique. As rochas de granito estão molhadas da chuva da noite e da humidade da manhã, por isso é preciso ir com cuidado para não escorregar. Depois de alguns minutos em silêncio, à procura do melhor sítio para pousar o pé, faz-se uma paragem a meio da subida. A respiração afogueada procura voltar ao ritmo normal. Os olhos percorrem o vale: de um lado é Espanha, do outro é Portugal. "Agora imaginem o que é fazer este caminho com 40 quilos de café às costas e de noite para não ser visto pela Guarda Fiscal", propõe António Garraio, que caminha à frente.

O contrabando, não só de café mas de outras mercadorias, parece ter existido desde sempre na zona fronteiriça, entre o Alto Alentejo e a Extremadura espanhola. Pelo menos faz parte das histórias de família de António Garraio, 47 anos, funcionário da autarquia de Marvão e que imaginou um passeio pedestre a que deu o nome de Percurso Romântico do Contrabando de Café.

Vestidos e com calçado adequado para grandes caminhadas, os caminhantes estão prontos para iniciar o percurso, que começa frente à igreja de Galegos, a poucos quilómetros da vila de Marvão. É ao pé da igreja que se deixa o carro estacionado. Depois, por uma estrada de terra batida, os pés escorregam na lama e o caminho faz-se entre muros feitos de granito, com as pedras bem encaixadas umas nas outras. De um lado e do outro há oliveiras, sobreiros e castanheiros. Lá ao fundo, por cima de Galegos, vê-se um pequeno aglomerado de casas; parecem estar longe e não imaginamos que seja possível chegar lá pelo nosso próprio pé.

Mas os olhos enganam. E a caminhada prossegue. Não há um caminho único do contrabando - nem sequer havia caminhos, qualquer percurso podia ser usado para o fazer, o objectivo era não ser visto pela Guarda Fiscal. Por isso, a serra de São Mamede era percorrida de noite por pessoas que faziam do contrabando um modo de subsistência. Não era sequer algo muito organizado, por exemplo com carrinhas, como acontecia noutras regiões.

António Garraio recorda que o contrabando podia ser feito por qualquer um: pelo garoto que escondia um quilo de café nos calções ou pela idosa que passava uns ovos para o outro lado da fronteira, na altura da Guerra Civil espanhola, quando muitos espanhóis passavam fome.


Para os mais novos, que nasceram numa Europa sem fronteiras e para quem as fronteiras ficam nos aeroportos, é difícil imaginar que era preciso autorização para passar de Portugal para Espanha; que as bagagens era revistas; e que certos produtos tão banais quanto os de mercearia, os caramelos ou a farinha não pudessem atravessar a fronteira. "Tudo o que tivesse valor comercial passava", resume António Garraio.

Contrabando a sair pela janela

Hoje, como então, a linha da fronteira é visível nos marcos de pedra, de um lado, o "P" de Portugal, do outro, o "E" de Espanha. "Agora tenho um pé em Espanha, agora estou em Portugal. Espanha! Portugal! Espanha! Portugal!" A brincadeira dos mais pequenos, as corridas de um lado para o outro da fronteira, não param, às portas de Fontañera, uma aldeia que a grafia denuncia ser espanhola. A terra não cresceu em volta da fonte que a abastece, mas ao longo da estrada, em direcção à fronteira com Portugal, mostra António Garraio. Por causa do contrabando, acredita e fundamenta: as últimas casas, junto à fronteira, eram lojas e têm todas janelas para trás. "Os guardas fiscais podiam estar a beber uma cerveja e o contrabando a sair pela janela das traseiras", ilustra. Como só havia uma estrada, quando a guarda espanhola chegava à aldeia, os habitantes avisavam-se uns aos outros e assim que as autoridades chegavam junto à fronteira já não apanhavam ninguém.

Pausa para descansar e para ver as muralhas de Marvão, que rodeiam a vila. Ao lado da última casa de Fontañera fica a primeira casa portuguesa, hoje uma ruína, a pouco mais de um quilómetro de Galegos, onde, durante o tempo áureo do contrabando, também havia diversas lojas, como em Fontañera. Hoje, de um lado e do outro, as lojas, ou "comércios", estão fechadas e as aldeias pouco habitadas.

A caminhada continua, ao todo são sete quilómetros num percurso circular que começa e acaba em Galegos. A partir de Fontañera segue-se pela estrada em direcção a Pitaranha, uma aldeia portuguesa rodeada de Espanha por todos os lados, menos por um, onde ainda é possível encontrar mulheres que recordam esse tempo e são elas próprias personagens das histórias do contrabando.

A paisagem é constante: muros de granito, oliveiras, castanheiros, sobreiros e uma pegada de javali, outra à frente - e um buraco feito com o focinho para o animal poder beber água. A serra é habitada por muitos animais selvagens (e não só). A subida continua e parece que se caminha em terra de ninguém. Garraio diz que esta zona se chama Dúvida, porque não sabemos bem se pisamos terra portuguesa ou espanhola até chegarmos ao topo, junto a mais um marco, desta vez colocado em cima de uma rocha de granito.

A vista impressiona. Ao fundo vê-se a cidade espanhola de Valência de Alcântara; do lado de cá, a paisagem, o verde, as rochas e um rebanho que pasta sereno lá muito ao fundo. Para os mais afoitos, o passeio pode prosseguir por umas escarpas acima, as Penhas da Esparoeira, imponentes, com cerca de 300 metros de altura. Dali será possível ver toda a Extremadura espanhola, até Madrid, imagina-se. Para os menos aventureiros, sugere-se o regresso a Galegos, junto a um riacho que vai cheio, em cascata, por causa das últimas chuvas, e que lembra outras serras, como a do Gerês.

A partir de Setembro, altura em que Marvão se engalana para receber a Feira do Café, o percurso vai mudar e entrar mais em Espanha. Será verdadeiramente internacional, congratula-se António Garraio.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Evento Familiar do dia:

1918


Casavam na Sé de Portalegre os meus bisavós paternos Manuel Joaquim Filipe Pepe e Maria José Soares Póvoa. Ele com 25 anos, natural da Sé de Portalegre, filho de António José Pepe e Maria Custódia Pereira. Era Jornaleiro à data do casamento, por volta de 1920 pertencia ao Regimento de Cavalaria da Guarda Fiscal, sendo mais tarde Funileiro. Ela com 21 anos, natural de Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide, filha de Ricardo da Cruz Póvoa e Basilíssa dos Santos Soares. Tiveram duas filhas:


  1. Ludovina Soares Pepe, minha avó, nascida em 1920
  2. Antónia Soares Pepe, nascida por volta de 1923
Ela falecia em 1949, ele em 1965.

 






terça-feira, 26 de junho de 2018

Eventos Familiares do dia:

1881

Casavam, na freguesia de São Lourenço, Portalegre, os meus trisavós paternos Francisco António Mendes Descalço e Deodata Maria Serra. Ele com 22 anos, natural da freguesia da Sé da dita cidade e filho de Ludovino Mendes e Maria José Descalço, operário da fábrica de lanifícios e posteriormente Soldado da Guarda Fiscal e ela com 19 anos, natural de S. Lourenço, filha de João António Correia Serra e Maria dos Santos, era rolheira. Tiveram 10 filhos:


  1. João Mendes, nascido a 22 de Dezembro de 1882;
  2. Maria José Mendes Serra, minha bisavó, nascida a 27 de Maio de 1885;
  3. Joana Maria Mendes, nascida a 21 de Abril de 1887, casou com Joaquim Lourenço Trindade;
  4. Alexandre Mendes, nascido a 28 de Maio de 1889, faleceu a 11 de Outubro de 1891
  5. Hermínia da Conceição Serra Mendes, nascida a 7 de Setembro de 1891, casou com Severino Augusto Curinha;
  6. Recém-nascida, nasceu e faleceu a 17 de Julho de 1893
  7. Joaquina Diná Serra Mendes, nascida a 15 de Dezembro de 1894, casou com Domingos Augusto Serra;
  8. Palmira Mendes Serra, nascida a 2 de Junho de 1897, casou com João Gregório dos Santos;
  9. Rosa Serra Mendes, nascida a 24 de Março de 1900
  10. Ilda Mendes, nascida a 17 de Julho de 1903


Ele faleceu em 1932. Desconheço a data de morte dela.

 


1875

Nascia em Vieira de Leiria, o meu tio-bisavô terceiro materno, Joaquim Tocha, filho de Manuel Jorge Tocha e Maria José Lopes, trisneto dos meus hexavôs maternos Joaquim Jorge Tocha e Perpétua Maria Vicêncio. Era pescador. Casou com Joaquina Sequeira e com ela teve pelo menos o filho Manuel Tocha, nascido na Marinha Grande em 1909. Faleceu em 1939 em Monte Real.




domingo, 24 de junho de 2018

Evento familiar do dia:

1920

Nascia, na Rua de Santa Clara, freguesia da Sé, Portalegre a minha avó paterna Ludovina Soares Pepe. filha de Manuel Joaquim Filipe Pepe, natural de Portalegre, e Maria José Soares Póvoa, natural de Castelo de Vide. Em 1939, com 18 anos, casava com Carlos Alberto Dias Ferreira, com quem teve um filho. Foi operária da Fábrica de Sedas de Portalegre e tirou o diploma de ensino primário (4ª classe) em 1954, aos 33 anos. Faleceu no Monte de Caparica em 1989, com 68 anos. Tinha 1,60 (era uma mulher alta para a altura), em nova tinha um longo cabelo castanho escuro, olhos castanhos.









sábado, 23 de junho de 2018

Evento familiar do dia:

1736

Nascia em Santa Eufémia, Pafarrão, Torres Novas, o meu tio-hexavô materno João Álvares. Filho dos meus heptavós maternos Manuel Jorge e Maria Rodrigues, ambos naturais da dita freguesia. Casou com Maria Rodrigues, também natural da mesma freguesia, a 8 de Setembro de 1768 e tiveram pelo menos três filhos:


  1. Manuel Jorge, nascido antes do casamento, baptizado a 4 de Junho de 1768;
  2. Maria, nascida a 14 de Dezembro de 1771
  3. Simplícia, nascida a 5 de Setembro de 1775



sexta-feira, 22 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1760: Casavam, no Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis, os meus hexavós maternos Mateus António de Oliveira e Francisca Maria. Ele natural do Lugar dos Casais, Oliveira de Azeméis, Filho de João de Oliveira e Maria Henriques. Ela natural do Pessegueiro, Pampilhosa da Serra e filha de Silvestre João e Maria André. Tiveram pelo menos dois filhos:

Nascimento de filho:

  1. João de Oliveira, nasceu a 4 de Novembro de 1764
  2. José António dos Santos, pentavô, nasceu a 1 de Novembro de 1767, casou com Maria Joana Henriques.


1740:

Nascia em Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide, o meu tio-heptavô paterno João Baptista Soeiro. Filho dos meus octavós paternos Gonçalo Sanches e Maria Calado, o apelido Soeiro vem do seu avô materno Francisco Vaz Soeiro. Casou com Ana Maria Inchada e com ela teve pelo menos quatro filhos.



quinta-feira, 21 de junho de 2018

Figura Histórica do Dia:

Carlos Martel nascia a 21 de Junho de 690.

Carlos Martel foi Mordomo do Palácio na Dinastia Merovíngia Franca, e um dos generais mais brilhantes da Época Medieval, impedindo a expansão muçulmana e lançando as bases para a criação da Dinastia Carolíngia.

Carlos Martel nasceu a 21 de Junho de 690, era filho do Mordomo do Palácio no Reino Franco, Pepino de Herstal. Carlos substitui o pai no cargo mais importante da administração franca, após a morte de Pepino em 714.

Apesar da autoridade de nomeação para o cargo de Mordomo do Palácio, fosse da responsabilidade do Rei, a dinastia franca merovíngia encontrava-se enfraquecido e desprovida do poder. Tanto o Mordomo como a nobreza detinham o verdadeiro poder no reino. Por ser um filho ilegítimo de Pepino, Carlos Martel foi contestado pela restante nobreza, dando origem a um conflito interno pela posição de Mordomo.

Após uma derrota inicial contra os opositores em 716, a única derrota na carreira militar de Martel, defronta e derrota os adversários perto de Malmedy, região da Valónia, actualmente Bélgica, nesse mesmo ano, lançando as bases para a estratégia militar que iria caracteriza-lo. Enfrentar os adversários quando estes menos o esperavam, nunca combater o inimigo quando eram estes a escolher as condições da batalha e tácticas inovadoras como a retirada simulada, que conduzia a uma emboscada. Este tipo de planeamento militar era apenas possível por Carlos Martel ter formado um exército leal e disciplinado. A derrota inicial deveu-se ao facto de Carlos não ter tido tempo de preparar devidamente um exército.

Em 717 derrota definitivamente os restantes opositores, consolidando o seu poder enquanto Mordomo do Palácio. Numa atitude pouca comum na Época Medieval, e numa tentativa de unificação da aristocracia franca, perdoa grande parte dos contestatários. A estabilização interna foi igualmente feita através da doação de terras, na época existia uma escassez de ouro, que impossibilitava a compra de lealdade através de riqueza monetária, assim a propriedade era a única forma de garantir a lealdade e apoio tanto de nobres como do clero.

Este tipo de política lançou as bases para o sistema feudal medieval, e lançou uma espécie de economia de guerra, na qual era necessária uma expansão territorial constante para a aquisição de novas terras, que permitissem a contínua lealdade e submissão no seio do Reino Franco. Esta política foi especialmente visível na expansão promovida pelo neto de Carlos Martel, Carlos Magno.

Em 718 iniciou uma campanha de pacificação dos Saxões conquistando alguns dos seus territórios. Em 719 conquistou a Frísia Ocidental aos Frísios, e iniciou o processo de conversão ao cristianismo deste povo.

Em 720 o Rei Merovíngio, Chilperico II morre, o seu sucessor é escolhido por Carlos Martel numa clara demonstração do poder que o Mordomo exercia. Carlos nunca teve a preocupação de ostentar o título de monarca franco, esse título ia apenas ser reclamado pelo seu filho Pepino, o Breve, após questionar o Papa de quem devia governar, quem detinha o título ou o poder? O Papa por necessitar do apoio franco contra os lombardos proclama Pepino Rei. A nomeação de um rei consoante o interesse de Carlos Martel demonstra, o tipo de poder que este detinha no Reino, um poder absoluto e incontestado após a guerra civil.

A conquista de territórios e fixação do poder pela família que daria origem à dinastia Carolíngia, foram pilares basilares da obra de Carlos Martel, mas por ventura o feito mais reconhecido durante a sua governação foi o estancar do avanço muçulmano para lá dos Pirenéus, que iniciou-se com a vitória cristã na Batalha de Toulouse em 721, as forças francas eram comandadas por Odo da Aquitânia.

Após esta primeira incursão árabe em território franco, Carlos Martel percebeu a necessidade de constituir um exército permanente, que pudesse rivalizar com as forças militares árabes. Os árabes por seu turno estavam mal informados relativamente à real força dos francos, consideravam-nos uma tribo germânica bárbara, sem organização ou força, um pouco à imagem dos relatos do Império Romano sobre estes povos, o que no século VIII já não correspondia à realidade.

De forma a constituir um exército permanente, o Mordomo do Palácio necessitava de pagar aos soldados, que assim podiam sustentar as suas famílias. A falta de divisa fez com que se voltasse para a Igreja e os seus bens monetários, como forma de garantir fundos que pagassem a suas necessidades militares.

Após as concessões dadas à Igreja, esta nova política de Carlos que iniciou-se em 722 provocou um conflito entre a Igreja e este, que quase resultava na sua excomunhão, uma invasão muçulmana em 732 provou que o Mordomo tinha tido legitimidade na política que havia implementado.

A 25 de Outubro de 732 os exércitos muçulmanos e francos enfrentaram-se na Batalha de Poitiers, também designada de Tours, resultando numa esmagadora vitória franca, assente na mestria militar de Carlos Martel e na arrogância bélica árabe em considerar os francos uma força menor. Após esta batalha os árabes que já haviam conquistado grande parte da Península Ibérica, voltariam a tentar conquistar territórios francos, mas Carlos Martel conseguiu sempre estancar as suas intenções. Martel conseguiu impedir a fixação e expansão árabe além Pirenéus, num conjunto de batalhas que ocorreram na década de trinta do século VIII posteriores à de Tours, que algumas correntes historiográficas consideram tão importantes como a de 732.

Carlos Martel morreu a 15 de Outubro de 741, como um dos maiores generais e estrategas militares da Época Medieval, consolidando o Reino Franco como principal força da Europa Ocidental e lançando as bases da nova Dinastia Carolíngia, em que o seu filho Pepino iria ser Rei, e o neto Carlos Imperador. A sua mestria militar impediu a expansão e conquista islâmica da Europa, como segundo algumas fontes árabes da época, seria o intuito das diversas incursões árabes na Franquia. Sem a genialidade de Carlos, uma Europa fragmentada por disputas políticas e religiosas, não teria tido a capacidade de rivalizar com a superioridade militar muçulmana

Fonte: knoow.net/

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1881



Nascia, no Souto, Abrantes, a tia-bisavó terceira Maria Beatriz de Mattos e Silva, filha de Francisco da Silva Mouga e Maria do Carmo Rodrigues de Mattos e Silva. Bisneta dos tetravós Joaquim da Silva Mouga e Maria Angélica (por Manuel Dias Ferreira Júnior). Casou com José Augusto de Carvalho Cotrim de Vasconcelos Simões Baião, também ele tio distante pelos Cotrim de Vasconcelos (também pelo ramo de Manuel Dias Ferreira Júnior), com quem teve dois filhos:


  1. Maria do Carmo de Mattos Baião, nascida na Pena, Lisboa, a 1 de Janeiro de 1901
  2. António de Mattos Simões Baião, nascido na Ponte de Tabuado, Pias, Ferreira do Zêzere (terra das origens dos Cotrim de Vasconcelos), a 9 de Janeiro de 1909

Falecia em de Tabuado, Pias, Ferreira do Zêzere a 14 de Janeiro de 1970.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1932

Falecia o meu trisavô (por Maria José Serra) Francisco António Mendes Descalço.
Nascido a 26 de Novembro de 1859 na freguesia da Sé de Portalegre. Filho de Ludovino Mendes e Maria José Descalço. Foi baptizado no dia de Natal desse mesmo ano pelo padre Justino José de Almeida Pantão e foram seus padrinhos Francisco António Saquete e Tomásia Maria. Era residente na Rua Tenente Valadim de Portalegre.
Por alturas do seu casamento, em 1881, era operário da fábrica de lanifícios. Casou a 26 de Junho do referido ano com Deodata Maria Serra, foram morar para a Rua de São Martinho de Portagre e tiveram dez filhos:


  1. João Mendes, nascido a 22 de Dezembro de 1882
  2. Maria José Mendes Serra, bisavó, nascida a 27 de Maio de 1885
  3. Joana Maria Mendes, nascida a 21 de Abril de 1887, era costureira e casou com Joaquim Lourenço Trindade
  4. Alexandre Mendes, nascido a 28 de Maio de 1889, faleceu a 11 de Outubro de 1891
  5. Hermínia da Conceição Serra Mendes, nascida a 7 de Setembro de 1891, era costureira, casou com Severino Augusto Curinha, com quem teve 2 filho. Faleceu a 30 de Agosto de 1952
  6. Menina que faleceu à nascença a 17 de Julho de 1893
  7. Joaquina Diná Serra Mendes, a 15 de Dezembro de 1894, casou com Domingos Augusto Serra com quem teve três filhos e faleceu em Elvas a 24 de Janeiro de 1980
  8. Palmira Mendes Serra, nasceu a 2 de Junho de 1897, casou com João Gregório dos Santos, com quem teve cinco filhos. Faleceu em Leiria a 24 de Agosto de 1974
  9. Rosa Serra Mendes, nasceu a 24 de Março de 1900
  10. Ilda Mendes, nasceu a 17 de Julho de 1903 e faleceu em Lisboa a 17 de Fevereiro de 1950
Por volta de 1885 era Guarda Fiscal da Alfândega, profissão da qual se reformou por volta de 1924.
Faleceu na freguesia de São Lourenço, Portalegre, aos 72 anos, no dia 19 de Junho de 1932.



1532

Falecia o meu tio-décimo-sétimo-avô Diogo de Sousa. Filho dos Décimo-oitavos avós João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos e Branca Menezes da Silva (por Manuel Dias Ferreira Júnior) e irmão da décima-sétima-avó Catarina da Silva e Vasconcelos. "Nasceu, provavelmente, em Figueiró dos Vinhos no ano de 1461, fez os seus estudos preparatórios em Évora e completou-os superiormente nas universidades de Salamanca e de Paris, onde se doutorou.
Foi Deão da capela real de D. João II de Portugal, participou nas embaixadas de obediência ao Papa Alexandre VI e Júlio II e foi capelão-mor da rainha D. Maria, segunda mulher do rei D. Manuel. Foi ainda bispo do Porto, tornando-se arcebispo de Braga em 1505, quando reinava D. Manuel.
O Papa Júlio II endereçou ao Cabido Bracarense e aos súbditos da Igreja de Braga no dia 11 de Julho de 1505 uma Bula, Hodie Venerabilem, para que reconhecessem e obedecessem a D. Diogo de Sousa como seu Arcebispo.
Foi pela sua acção notável que a cidade rompeu a cintura de muralhas medieval, e se alargou extra-muros. Construiu fora das muralhas uma nova cidade, com novos e arejados espaços que perduram até hoje. São da sua responsabilidade o Campo dos Remédios (Largo Carlos Amarante), o Campo da Vinha (Praça Conde de Agrolongo), o Largo das Carvalheiras e o Campo de Santana (Avenida Central). Também mandou abrir novas ruas e até uma nova porta da cidade, o Arco da Porta Nova. Construiu novas igrejas fora de muros como a Senhora-a-Branca.
Na Sé de Braga, foi responsável pela construção da actual capela-mor e também dos túmulos dos pais de D. Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal), D. Henrique de Borgonha, conde de Portucale e D. Teresa de Leão.
Considerando a ignorância um mal, empenhou-se em instruir o clero e fundar um grande colégio. Para tal, aconselhou o rei D. João III a fundar este grande colégio nas cidades de Braga ou do Porto, devendo este ser dotado de mestres de teologia e de todas as artes e ciências. Para este fim auxiliaria o rei caso escolhesse Braga. Em 1531, fundou finalmente o colégio de S. Paulo, sendo o ensino grátis para toda a pessoa que quisesse aprender quer fosse da cidade ou de fora.
Como bispo do Porto, ordenou a impressão das Constituições e os Evangelhos e Epístolas com suas Exposições em Romance, ambas as obras impressas no Porto em 1497 por Rodrigo Álvares.
D. Diogo de Sousa foi, sem dúvida, um grande protector das artes e das letras e um espírito iluminado e empreendedor no seu tempo.
Morreu a 19 de Junho de 1532 e está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, da Sé de Braga. (Fonte: Wikipédia)"

domingo, 17 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1732

Casavam em Arega, Figueiró dos Vinhos, os meus heptavós maternos (por Manuel Gomes), Manuel Simões e Domingas Frazão. Ele, solteiro, filho de Manuel Simões e Maria Luís, e ela viúva de Manuel Almeida e filha de António Furtado e Antónia Fernandes. Tiveram pelo menos 6 filhos:


  1. Manuel Simões, baptizado a 5 de Abril de 1733
  2. Maria Simões, baptizada a 11 de Abril de 1736
  3. João Simões, baptizado a 29 de Julho de 1738
  4. António Simões, baptiza a 25 de Junho de 1741
  5. José Simões, baptizado a 20 de Dezembro de 1743
  6. Maria, baptizada a 7 de Março de 1746

1917

Falecia o meu trisavô paterno (por Maria José Soares Póvoa), Ricardo da Cruz Póvoa.  Nascido a 25 de Maio de 1862, em Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide. Filho de Inácio da Cruz Póvoa e Catarina Maria da Alegria, que moravam na Rua da Fonte. Foi baptizado a 1 de Junho do mesmo ano pelo padre Manuel Joaquim Moura. O seu padrinho foi Ricardo Póvoa, solteiro, criado de servir.
No ano em que casou, 1890, era criado de servir, casando a 23 de Janeiro com Bassilíssa dos Santos Soares. Com ela teve, pelo menos, uma filha: Maria José Soares Póvoa.

sábado, 16 de junho de 2018

Figura Histórica do Dia:

    Hugo o Grande, falecia a 16 de Junho de 956


                                                         
Hugo, o Grande (898 — 16 de Junho de 956) foi duque dos francos e conde de Paris.

Filho do segundo casamento do rei Roberto I da França, com Beatriz de Vermandois, e sobrinho do rei Odo. Seu filho mais velho, Hugo Capeto, tornar-se-ia rei da França em 987. Sua família é conhecida como os Robertinos.

Em 923, quando seu pai morreu, Hugo recusou o trono da França, sendo seu cunhado, Raul da Borgonha, eleito rei. Quando este faleceu, em 936, Hugo era dono de quase toda a região entre o Loire e o Sena, a área da antiga Nêustria, com exceção do território cedido aos normandos, em 911. Recusando-se a suceder ao trono novamente, empenhou-se em trazer Luís IV de volta da Inglaterra. Todavia, ele e o novo rei logo vieram a se desentender, e Hugo chegou até a prestas homenagem a Oto I, imperador desde 936, e o apoiou na contenda com Luís. Quando este caiu nas mãos dos normandos, em 945, ele foi entregue a Hugo, que o libertou, em 946, porém, sob a condição de que lhe fosse dada a fortaleza de Laon. No conselho de Ingelheim, dois anos depois, Hugo foi condenado sob pena de excomunhão como reparação para Luís. Apenas em 950 que o poderoso vassalo reconciliou-se com seu suserano, devolvendo-lhe Laon. Mas novas dificuldades surgiram, e as negociações de paz só se concluíram em 953.

À morte de Luís, em 954, Hugo foi o primeiro a reconhecer Lotário como o sucessor, e, por intermédio da rainha Gergerga, foi instrumental para sua coroação. Em reconhecimento por seu serviço, Hugo foi investido pelo novo rei com os ducados da Borgonha (sua soberania sobre a qual já fora nominalmente reconhecida por Luís IV) e da Aquitânia. Todavia, sua expedição para tomar posse da Aquitânia, em 955, fracassou. No mesmo ano, Gilberto,duque da Borgonha, reconheceu a suserania de Hugo, e deu a filha em casamento ao Oto, filho de Hugo. À morte de Gilberto, em abril de 956, Hugo se tornou o mestre efetivo do ducado, mas ele próprio morreu logo depois, em Dourdan.

Relações familiares:

Casou por 3 vezes, a primeira em 922 com Judite do Maine, filha de Roger do Maine, de quem não teve filhos.

O segundo casamento foi em 926 com Edilda de Inglaterra, filha do rei Eduardo, o Velho, de quem igualmente não teve filhos.

O terceiro casamento aconteceu em 937 com Edviges da Saxônia (filha de Henrique I da Germânia "o Passarinheiro" e sua segunda esposa Matilde de Ringelheim "Santa Matilde"), de quem teve 5 filhos:

Beatriz da França (939 —?), casada com Frederico I, duque da Alta-Lorena.
Hugo I, rei da França (ca. 938 — 24 de Outubro de 996), mais conhecido como "Hugo Capeto", casou com Adelaide da Aquitânia.
Ema de Paris (943 — 966), casou-se em 960 com Ricardo I da Normandia, de quem foi a primeira esposa. Não tiveram filhos.
Otão de França, duque da Borgonha (945 —?), casou com Luitegarda de Borgonha.
Odo-Henrique da Borgonha, "o Grande", duque da Baixa Borgonha (946 — 1002), casou primeira vez com Gerberga de Chalon (ou Mâcon), casou segunda vez com Gersenda da Gasconha e casou terceira vez com Matilde de Chalon, Senhora de Donzy.
Fora do casamento, foi pai de:

Heriberto, bispo de Auxerre

Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Figuras históricas do dia:



Roberto I de França falecia a 15 de Junho de 923.

Roberto I de França (865 - 15 de Junho de 923) foi um rei francês, da dinastia carolíngia . Era o filho mais novo de Roberto, o Forte, Conde de Anjou, e irmão de Odo, rei francês de 888 a 898.

Foi representante de Odo em de diversos condados, incluindo o condado de Paris, abade superior de muitas abadias, e Duque dos Francos, uma dignidade militar de importância elevada.

Não reivindicou a Coroa de França quando seu irmão morreu em 898 mas, reconhecendo a supremacia do rei carolíngio, Carlos III, o Simples, teve confirmadas as suas posses territoriais, tendo, depois, continuado a defender o norte de França dos ataques dos Normandos.

A paz entre o Rei e seu poderoso vassalo não foi perturbada seriamente até aproximadamente 921. As ações de Carlos e, em especial a sua parcialidade a favor de um tal de Hagano, despertaram-lhe alguma impopularidade e, apoiado por muitos do clérigos e por diversos dos mais poderosos nobres franceses, Roberto se fez coroar Rei francês em Reims, no dia 29 de junho de 922.

Comandando um poderoso exército, Carlos marchou ao encontro de usurpador, e no dia 15 de junho de 923, em uma batalha sanguinária perto de Soissons, Roberto foi morto, de acordo com a tradição, em combate com seu rival.

Roberto I deixou um filho, Hugo, o Grande, Duque dos francos, e seu neto, Hugo Capeto, futuro Rei da França e fundador da Dinastia dos Capetos.

Casou duas vezes, em 890 com Adelaide de Perthois de quem teve:

  1. Luitegarda de França (885 - 931) casada com Herberto II de Vermandois, (880 - 5 de Março de 943) conde de Vermandois.
  2. Ema de França (890 - 934) casou em 918 com Raul I de França, (890 - 15 de Janeiro de 936) rei dos Francos.

O segundo casamento foi com Beatriz de Vermandois (880 -?), filha de Herberto I de Vermandois, conde de Vermandois (840 -?) e de Berta de Morvois, de quem teve:

  1. Hugo, o Grande, (895 - 19 de Junho de 956) marquês da Neustria e duque dos francos, casado por três vezes, a primeira com Judite do Maine, a segunda com Adelaide de Inglaterra e a terceira Heduvige de Sachsen

Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre
             barrosbrito.com.

Eventos familiares do dia:

1915

Nascia na freguesia da Sé de Portalegre o meu tio-avô paterno Amílcar Dias Ferreira, filho dos meus bisavós Manuel Dias Ferreira Júnior e Joana Maria. Casou com Maria Amália Oliveira Santos e foram pais do meu tio segundo António Manuel Dias Ferreira.









quinta-feira, 14 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1701 

Era baptizado  pelo padre Manel Nunes Gonçalves, no Lugar da Ribeira, Ferreira do Zêzere, o meu octavô paterno Manuel Antunes (por Manuel Dias Ferreira Júnior). Foram seus padrinhos Francisco Cristóvão e Maria. Era filho de Domingos Nunes e Maria Dias, ambos naturais do mesmo lugar. Casou com Antónia Nunes, foram morar para a Levegada e com ela teve pelo menos sete filhos:


  1. Manuel Antunes, heptavô, nascido por volta de 1730;
  2. Maria Isabel, casou com Simão Heitor, nascida a 8 de Dezembro de 1736;
  3. Brízida, casou com José Antunes, nascida a 9 de Julho de 1739;
  4. António, nascido a 10 de Maio de 1742;
  5. João, nascido a 31 de Janeiro de 1745;
  6. Joaquina, nascida a 23 de Dezembro de 1747
  7. José, nascido a 7 de Outubro de 1751
Faleceu antes de 1768.


terça-feira, 12 de junho de 2018

Eventos familiares do dia:

1812

Nascia em São Lourenço, Portalegre o meu tetravô João António Correia Serra (por Maria José Mendes Serra). Baptizado a 21 de Junho de 1812 pelo Padre João Baptista de Macedo. Foi seu padrinho João António Neves. Era filho de José Serra e Maria d'Alegria Correia ambos naturais de São Lourenço. Por 1837 morava na Rua da Oliveira da Freguesia de São Lourenço, Portalegre e tinha a profissão de marceneiro de carretas. Casou a 3 de Abril desse ano com Maria dos Santos. Tiveram pelo menos quatro filhos:


  1. António Maria Serra, fotógrafo, a 27 de Novembro de 1841;
  2. Rita da Conceição Serra, casou com Joaquim António Casqueiro d'Oliveira,
     por volta de 1846;
  3. Deodata Maria Serra, trisavó, a 19 de Fevereiro de 1862.
  4. Mariana Rosa Serra, casou com António José de Oliveira, por volta de 1866.

Faleceu a 29 de Novembro de 1879. No registo de óbito consta como carpinteiro.