Em 1881, Maria Eugénia mora em Lisboa e tem lá estúdio.
Em 1884, António Serra, com 42, finalmente reconhece o filho, agora com 19 anos, que aparece registado como José Maria de Jesus Reya Campos Serra, embora o filho nunca use o Serra. Este filho, forma-se como farmacêutico e em 1897 casa, em Lisboa, com Amélia Reya Machado, também ela deixada no hospício, sendo mais tarde reconhecida pela mãe, Isabel Reya Campos, de Valência de Alcântara, que calculo seja familiar da Maria Eugénia e prima (?) do marido. Este casal teve uma filha um ano depois e a avó, a fotógrafa Maria Eugénia Reya Campos surge como madrinha da criança e viúva. Terá, por isso casado no intervalo (procuro agora este casamento, não sei com quem, nem onde terá casado, provavelmente em Lisboa).
Passo agora resumidamente ao António Serra. Tinha estúdios em diversas cidades (ou ia a diversas cidades temporariamente tirar fotos – ela a mesma coisa - ) e defendia as ideias republicanas sendo colaborador Revista "Galeria Repúblicana". Em 1908 morreu a sua mulher, com 82 anos, em Castelo de Vide, mas nada me indica que ele lá morasse, penso até que por essa altura tinha estúdio em Lisboa, por isso ou viviam separados, ou quando adoeceu ela terá ido para lá para morrer na sua terra. Em 1909, com 68, ele volta a casar, desta vez com uma solteirona endinheirada, Dona Adelaide Augusta Saraiva do Valle Abrantes, que tinha 60 anos.

Ela morre de septicemia em 1917. No registo de óbito dela aparece como viúva do António Serra! E é isto que quero deslindar. Terá ele enviuvado 2ª vez e no final da vida terá casado com a rapariga com quem teve um filho aos 23 anos e que com ele partilhou a paixão pela fotografia? Terão eles casado por dinheiro (o que no caso dele me parece viável, ela não sei com quem casou) e ter-se-ão mantido amantes, o que não era difícil pois ambos viajavam muito devido à profissão que tinham, tendo casado no final da vida? Não sei, mas quero ver se consigo descobrir...
Sem comentários:
Enviar um comentário